sexta-feira, 28 de novembro de 2008

PROGRAMAÇÃO DA SEMANA DO VÍDEO POPULAR

para assistir, conhecer, pensar, propor, falar e ser ouvido! Confira a programação!

A presença de vocês é muito importante! Divulguem! Participem!



PROGRAMAÇÃO DA SEMANA DO VÍDEO POPULAR

O TEMPO TODO Festa do Rolo, onde todos poderão trocar vídeos, poesia, música...


SEXTA-FEIRA - 28/11/2008


19h - ABERTURA - Exibições de curtas produzidas pelos grupos que participam do movimento do vídeo popular em São Paulo e abertura da feira do rolo.


EXIBIÇÃO DO VÍDEO POPULAR - PROGRAMA 1

O que pode ser diferente - Realização Coletiva, 15', São Paulo/SP, 2008
Real Conquista - Movimento do Vídeo Popular, 12', Goiânia/GO, 2008
Na real do Real - Favela Atitude, 10', São Paulo/SP, 2008
Narrativas da Sé - Diogo Noventa, 20', São Paulo/SP, 2008

SÁBADO - 29/11/2008

14H - DEBATE ABERTO. Entre os presentes:
- Luiz Fernando Santoro
- Wilq Vicente – mediador/apresentação da nossa caminhada
além de diversos coletivos audiovisuais!


19H - EXIBIÇÃO DO VÍDEO POPULAR - PROGRAMA 2
Paralelo: espasmos de realidade - NCA – Núcleo de Comunicação Alternativa, 17', São Paulo/SP, 2006
Azia Amazônica - Jussara Félix Figueiredo, 4', São Paulo/SP, 2008
Se eu não puder falar eu grito: a Brasilândia tem fome de direitos - Realização Coletiva, 10', São Paulo/SP, 2006
Desencontros - Coletivo Fabicine, 10', São Paulo/SP, 2007
Marcha dos 5000 - MTST, 9', São Paulo/SP, 2007
Difusão Comunitária Heliópolis - Nossa Tela, 12', São Paulo/SP, 2008


DOMINGO - 30/11/2008

14H - DEBATE ABERTO. Entre os presentes:
- Altair Moreira – Secretaria Estadual de Cultura – Projeto Fábrica de Cultura
- Celso Santiago – Coordenadoria de Cultura dos CEU's (a confirmar)
- Nabil Bonduki - vereador (um dos proponentes do Programa VAI)
- Luis Eduardo Tavares - Instituto Pólis - mediador

além dos coletivos audiovisuais


19H - EXIBIÇÃO DO VÍDEO POPULAR - PROGRAMA 3
Negro Drama - Cláudio Nunes, 25', São Paulo/SP, 2008
Espaguete a brasileira - Instituto Criar, 9', São Paulo/SP, 2007
A casa caiu - Cine Favela, 15', São Paulo/SP, 2007
Arte na Rua Keller - Oficinas Kinoforum, 5', São Paulo/SP, 2008
Uma velha bola murcha - Graffiti com pipoca, 5', São Paulo/SP, 2007
Solitude pontocom - Rodrigo Ribeiro, 15' min, São Paulo/SP, 2008
O Preço da luz é um roubo - Brigada de Audiovisual da Via Campesina, 9', São Paulo/SP, 2008



Semana do Vídeo Popular
Dias 28, 29 e 30 de novembro
Na Galeria Olido, Av. São João, 473



informações: videopopular@gmail.com

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Fonte convida para debate sobre Movimentos Sociais e ONGs com Chico Whitaker



Instituto Fonte para o Desenvolvimento Social
Rua Itamirindiba, 1 - Pinheiros - São Paulo - SP
+55 11 3032-1108; +55 11 3032-8373
fonte@fonte.org.br www.fonte.org.br

PROGRAMA VAI: Oficinas de elaboração de projetos

Mensagem da coordenação do VAI

Olá Pessoal,
O Programa VAI, juntamente com a Ação Educativa, está promovendo o curso (gratuito) de elaboração de projetos culturais. Abrimos as inscrições na semana passada e, principalmente por conta do feriado, não houve muita procura. Estou enviando a ficha de inscrição e cartaz com maiores informações, aos amigos e listas de contato para que possam ajudar na divulgação.

A todos aqueles que ainda não conhecem o Programa, explico: O Programa para Valorização de Iniciativas Culturais (VAI) aparece no cenário das políticas públicas na área da cultura em 2003 com a proposta de apoiar financeiramente projetos elaborados por grupos de jovens de São Paulo e que proponham, principalmente, atuar nas áreas periféricas da cidade. Para receber o financiamento, o grupo tem que inscrever seu projeto no edital (que sairá em dezembro) e passar pela avaliação da Comissão. Em 2008 o valor do financiamento foi de R$ 18.600,00 por projeto.

Pelo fato da proposta ser selecionada via projeto escrito, elaboramos este curso para apoiar os grupos e orientá-los e ajudá-los a escrever o projeto, desde como elaborar a idéia de forma que fique clara para quem for ler, até como organizar o orçamento e cronograma.

Então, se você conhece algum grupo que já faça intervenção na comunidade (sarau, graffiti, evento, peças teatrais, exibição de filmes, etc), ou que tenham vontade de fazer, mande este e-mail a ele.
Conto com a colaboração de todos,
Harika

Obs.: Se quiserem saber mais a respeito do Programa ou do curso, podem ligar para Ação Educativa (011 3151-3333) ou podem falar comigo pelo e-mail hmmaia@prefeitura.sp.gov.br ou harika_maia@yahoo.com.br.

O blog do VAI é www.programavai.blogspot.com

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Comunicação Comunitária no Século XXI, por onde (re)começar

Artigo aprovado no IX Congresso da ALAIC (Associação Latinoamericana de Investigadores en Comunicación)

Resumo
Pretendemos realizar uma reflexão sobre a prática contemporânea da comunicação popular, apontando diferentes caminhos para a concretização de um trabalho que, por meio da informação, pode contribuir para a organização e mobilização popular. Partimos de um resgate histórico das iniciativas populares no campo da comunicação, vinculado necessariamente à análise de seu contexto político e econômico. Da mesma forma, abordaremos a comunicação popular do século XXI atrelada às condições sócio-históricas da atualidade. A discussão será respaldada por estudo bibliográfico e por observação participante.

Palavras-chave: comunicação popular, comunitária, mobilização, tecnologias

Para ler o artigo completo clique aqui

terça-feira, 7 de outubro de 2008

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Coordenadoria da Juventude promove concurso de vídeo e fotografia

A Secretaria Municipal de Participação e Parceria, por meio da Coordenadoria da Juventude, realizará o concurso para seleção de fotografias e de vídeo que busquem apresentar os retratos da juventude paulistana.

O Concurso de Fotografia “Retratos da Juventude Paulistana” é aberto a fotógrafos profissionais ou amadores, com idade entre 18 e 29 anos. As fotografias inscritas no concurso deverão necessariamente abordar um dos seguintes subtemas: O(s) retrato(s) da juventude paulistana; Ações praticadas pela juventude paulistana; e Direitos e desafios da juventude paulistana (educação, saúde, cultura, lazer, trabalho e outros).

A escolha das fotografias levará em consideração critérios estéticos da imagem produzida como composição, cores, corte, além da mensagem transmitida pelo fotógrafo. Cada fotógrafo poderá participar com, no máximo, duas fotos e cada participante poderá ser premiado uma única vez.

Para participar deste concurso, o interessado deve estar ciente do edital que pode ser baixado aqui.

VÍDEO
Para participar concurso de curtas em uma produção audiovisual voltada para a juventude, mediante a seleção de vídeos e curtas metragens, com duração entre cinco e 10 minutos.
Os vídeos e curtas metragens apresentados deverão necessariamente abordar um dos os mesmos temas do concurso de fotografia.

As inscrições dos dois concursos serão gratuitas, mediante apresentação de carta de compromisso de cessão de uma cópia, em DVD, do material bruto utilizado na confecção dos vídeos, para acervo da Prefeitura do Município de São Paulo e da Coordenadoria da Juventude.

Somente poderão participar do presente concurso pessoas físicas, com idade entre 18 e 29 anos, individualmente ou em grupos de, no máximo, seis pessoas, mediante preenchimento da ficha de inscrição, da autorização para exibição e declaração de autoria.

Para se inscrever, basta baixar o edital aqui.

Mais informações: http://portal.prefeitura.sp.gov.br/noticias/coordenadorias/juventude/2008/09/0001

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Rádio Comunitária não é crime não

Trabalho dos alunos de Jornalismo da Faculdade Pinheiros

4º Encontro de Comunicação Comunitária e Cidadania

8h00 Credenciamento dos participantes

8h30 às 12h00 RELATOS DE PESQUISAS E EXPERIÊNCIAS
A comunicação e o comunicador nas ONGs sociais
Nívea Bona (Póscom – Universidade Metodista de São Paulo)
Escola e Comunidade – Construindo Cidadania
Elsa Rosa Caldeira (Curso de Especialização em Comunicação Popular e Comunitária da Universidade Estadual de Londrina)
Metodologias de desenvolvimento de comunidade e comunicação para a mudança social
Marcelo Conteçote (Póscom – Universidade Metodista de São Paulo)
Jornalismo e Educomunicação: uma transformação na conscientização ambiental
Alexandra Fante Nishiyama Frost e Anderson Alves da Rocha (Faculdades Maringá-PR)
Jornal do Paraíso: os desafios e perspectivas da participação comunitária no jornalismo impresso
Juciano de Sousa Lacerda, Priscila Noernberg, Valdete Daufenback, Oziel Gustavo Marian (Associação Educacional Luterana Bom Jesus/IELUSC / Jornal do Paraíso)

14h00 às 17h30
Pontos de cultura no Brasil: estratégias e práticas
Carlos Seabra (Instituto de Pesquisas e Projetos Sociais e Tecnológicos - IPSO)
Comunicação popular-alternativa de Jovens Indígenas das Aldeias do Jaguapiru e Bororá em Dourados/MS
Maria Alice Campagnoli Otre (Póscom – Universidade Metodista de São Paulo)
A comunicação popular como ato educativo: a experiência de incubação em economia solidária no assentamento Pirituba II
Kelci Anne Pereira (Curso de Especialização em Comunicação Popular e Comunitária da
Universidade Estadual de Londrina)
Políticas locais de fomento à comunicação comunitária
Laura Conde Tresca (Póscom - Universidade Metodista de São Paulo)
Folkcomunicação: A Folia de Reis em Sarandi/PR
Marcio Tcherques e Talitta Silva (Faculdades Maringá/PR)


LOCAL: Universidade Metodista de São Paulo (Campus Rudge Ramos)
Rua Alfeu Tavares, 149 (travessa da Rua do Sacramento) Rudge Ramos – São Bernardo do Campo/SP – AUDITÓRIO DO EDIFÍCIO CAPA

PROMOÇÃO COMUNI – Núcleo de Pesquisa de Comunicação Comunitária e Local
APOIO PÓSCOM-UMESP
NÚCLEO DE ESTUDOS DE COMUNICAÇÃO
GT Comunicación Popular, Comunitaria y Ciudadanía da ALAIC
COMUNITÁRIA E LOCAL

Festival Imagens da Cultura Popular

A ONG Favela é Isso prorrogou até o dia 26 de setembro, as inscrições para o Festival Imagens da Cultura Popular. Se você ministrou ou participou de oficinas de vídeo, pertence a alguma Organização Não Governamental, produziu curta-metragem para trabalho escolar ou é um produtor independente - você pode se inscrever, desde que tenha como foco a cultura popular e o material apresentado obedeça ao regulamento. O festival propõe uma reflexão sobre a diversidade cultural, considerando as manifestações que vem se multiplicando nas comunidades periféricas por todo o país.

MOSTRA DE VÍDEOS

Os vídeos vencedores nas três categorias Singular, Arte e Cultura Popular e Imagens na Periferia e também na Categoria Júri Popular serão premiados com R$ 1.500,00. Além da premiação para os primeiros colocados em cada categoria, os vídeos selecionados participarão de mostras itinerantes, circulando por várias comunidades. Em Belo Horizonte, onde fica a sede da ONG, todas as regionais serão contempladas com exibições. A programação será divulgada em breve. A mostra será feita nos dias 12 a 15 de novembro. Caso o participante manifeste interesse e emita autorização, os vídeos poderão ser disponibilizados para visualização e download gratuito no site do projeto, no site da patrocinadora e em aparelhos de telefonia móvel.

COMO SE INSCREVER

Para se inscrever o candidato deve preencher a ficha disponível no site www.favelaeissoai.com.br. O proponente deve acrescentar currículo, sinopse do filme, descrição técnica e foto de divulgação do filme. Uma vez efetuada a inscrição on-line, o candidato tem até dez dias para entregar o vídeo (em DVD ou mini-DV) e a ficha de inscrição impressa. A entrega deve ser feita na sede da ONG pessoalmente ou via correio. O endereço é rua Níquel, nº11, CEP 30.220-280, BH/MG. O festival será realizado no Espaço Usina de Cinema em novembro.

EM CASO DE DÚVIDA

Quem tiver problemas de acesso à ficha de inscrição no site deve mandar e-mail, comunicando a dificuldade, para favelaeissoai@hotmail.com ou ligar para (31) 3282-3816.

REGULAMENTO E FICHA

http://www.favelaeissoai.com.br/festival.php

I Semana de Jornalismo Popular e Alternativo ECA/USP

Dia 22 de setembro Segunda-feira - Auditório Lupe Cotrim

19h30 Solenidade de Abertura
Prof. Dr. Luiz Augusto Milanesi (Diretor ECA)
Prof. Dr. José Luiz Proença (Chefe do CJE)
Prof. Dr. Dennis de Oliveira (USP/Vice-Coordenador do Alterjor)
Coordenação: Prof. Dr. Luciano Maluly (USP)(Coordenador do Alterjor)

Mesa-redonda
20h00 A Pesquisa em Jornalismo Popular e Alternativo
Prof. Dr. Juarez Tadeu Paula Xavier (Unicid)
Prof. Dr. Wilton Garcia Sobrinho (UBC/Impacta)
Prof. Dr. Silas Nogueira (Unesp/Franca)
Prof.Dra. Alice Mitika Koshiyama (USP)
Coordenação: Rafael Duarte O. Venâncio (DISCENTE - USP)
Debatedora: Eliza Casadei (DISCENTE - USP)

Dia 23 de setembro Terça- feira – Auditório Freitas Nobre
14h00 Oficina de Jornalismo Impresso Popular
Oficina de Radiojornalismo comunitário
17h30 Mostra de vídeos (auditório Freitas Nobre)
A guerra contra a democracia

Mesa-redonda
19h30 Experiências em Imprensa popular e Alternativa
Mestre de Cerimônia: Prof. Ms. Eduardo Grossi (Umesp)
Antonio Martins (Le Monde Diplomatique)
Renato Rovai (Revista Fórum)
Beatriz Pasqualino (Revista Sem-Terra)
Vinícius Souza e Maria Eugênia Sá (Mediaquatro)
Mediadora: Profa. Dra. Nancy Ramadan (USP)

Dia 24 de setembro14h00 Quarta-feira - Auditório Freitas Nobre
Oficina de Jornalismo Impresso Popular
Oficina de Radiojornalismo comunitário
17h30 Mostra de vídeo (auditório Freitas Nobre)
A sala de controle

Mesa-redonda
19h30 Rádio Popular e Alternativo
Mestre de Cerimônia: Professor Marcelo Cardoso
Prof. Dr. Ricardo Alexino Ferreira (Unesp)
Profa. Dra. Cicília Peruzzo (Umesp)
Prof. Dr. Paulo Rogério Gallo (FSP)
Professor Pedro Vaz (Facasper)
Mediador: Prof. Dr. Luis Fernando Santoro (USP)

Dia 25 de setembro Quinta-feira
14h00 Oficina de Jornalismo Impresso Popular
Oficina de Radiojornalismo Comunitário
17h30 Mostra de vídeo (Auditório Freitas Nobre)
A revolução não será televisionada

19h30 COQUETEL DE LANÇAMENTO DO ALTERJOR Espaço Milton Santos

Dia 26 de setembro Sexta-feira
14h00 Oficina de Jornalismo Impresso Popular
Oficina de Radiojornalismo Comunitário

Informações das oficinas no site: http://www.eca.usp.br/cultexte/cursexte/cje.asp

Na real do Real

No dia 11 de dezembro de 2007, cerca de 140 barracos da favela Real Parque (zona oeste de São Paulo) foram destruídos numa ação de reintegração de posse movida pela Empresa Metropolitana de Águas e Energia (EMAE). Os moradores se mobilizaram e junto com a defensoria pública do estado conseguiram, temporariamente, cancelar o processo. Assista o vídeo produzido pelo FAVELA ATITUDE.


terça-feira, 16 de setembro de 2008

Que Comunicação Comunitária?

(Artigo escrito em fevereiro de 2005!)
Este texto pretende provocar quem pensa e faz ou quem pensa que faz comunicação comunitária. De modo mais simpático, pretende ser um convite ao debate em torno das características, práticas e limites deste tema, carinhosamente apelidado de ComCom por alguns.

Comecei a trabalhar com oficinas de Comunicação Comunitária em outubro de 2002, quando passeia a trabalhar na Equipe de Atividades do Programa de Inclusão Digital da Prefeitura de São Paulo, também conhecido como Projeto Telecentros. Em pouco mais de seis meses pude participar de três eventos ligados a ComCom. Cada um deles foi organizado em lugares diferentes, por grupos diferentes e para públicos diferentes. Consegui participar de todos graças à minha teimosia, ao empréstimo do banco e à insistência do coordenador da minha equipe. O resultado foi que essas iniciativas contribuíram para clarear algumas das minhas idéias e deram um grande empurrão para novos e não tão novos projetos em ComCom.

De lá pra cá, muita gente se envolveu nesta questão, principalmente, jovens de todos os cantos da cidade e de todos os níveis sociais. Estudantes do ensino fundamental, médio e superior, empregados ou não, do Grajaú e de Pinheiros. Recém formados e já formados há algum tempo. Sem carro, sem bicicleta, com carro, com dois ou três ou mais carros. São pessoas de realidades diferentes tentando fazer a mesma coisa. Mesma coisa??? Será?

Para mim a comunicação verdadeiramente Comunitária começa a ficar mais concreta. Primeiramente, ela precisa representar uma comunidade. Não importa o fator comum que aglutina as pessoas nessa comunidade, mas ele precisa existir. Uma causa, um ideal, um lugar, não importa. Se não houver uma comunidade, não dá para fazer comunicação comunitária.

Se existe esta comunidade, a comunicação mais eficiente e mais legítima para ela só pode ser feita por ela mesma. Eficiente porque é feita por gente que vive o assunto a ser tratado e sabe a melhor forma de tratá-lo. E legítima porque, sabendo utilizar os meios mais adequados de se comunicar com seus iguais, os integrantes de uma comunidade podem alimentar uma comunicação sem depender de alguém externo a essa comunidade. Portanto, para ser comunitária, a comunicação tem que ser feita pela comunidade.

E quando digo “ser feita pela comunidade” tento ser compreendida literalmente. Isto é, a possibilidade de participação de toda a comunidade num processo de uma comunicação comunitária precisa ser garantida. Não adianta um pequeno grupo dominar os meios de comunicação e fazer do resto da comunidade uma grande receptora passiva de conteúdo.

Acredito que sempre haverá um grupo mais interessado em tocar os projetos de comunicação e que nem todo mundo é comunicativo ou sente prazer em expor suas idéias e compartilhar informações. Porém, por mais representativo que seja este grupo, se ele não se preocupar em inserir outros membros da comunidade como produtores de conteúdo, a comunicação não será de fato comunitária.

Além disso, só se pratica comunicação se o que se quer comunicar é recebido por alguém. Senão é só expressão. Comunicação comunitária não pode ser uma prática importante apenas para quem faz. Tem que ter ouvinte, leitor ou telespectador. E aqui talvez esteja o maior desafio de quem faz ComCom na Internet e que tenha como público uma comunidade que não é virtual e, pior, não possui computador em casa. Como fazer para que os sites (que ainda podem ser construídos gratuitamente) cheguem até seus leitores? Se não chegar, pode até ser um trabalho comunitário, mas não é comunicação.

Outro grande desafio dos projetos em comunicação comunitária é a sustentabilidade. Quem banca? Anúncios de comerciantes locais, doações, vereadores, assinaturas, empresas patrocinadoras, governo. É muito difícil, mas existem diversas maneiras de se conseguir recursos para concretizar um projeto de comunicação. No entanto, para que o projeto não perca seu caráter comunitário, precisamos estar atentos à origem dos recursos que estão viabilizando esta comunicação. Por mais bem intencionado e ético que seja um veículo de comunicação comunitária é coerente ele ser patrocinado por um vereador corrupto, por exemplo?

Por outro lado, a falta de recursos financeiros não pode justificar a não realização de um projeto de ComCom. A comunidade deve estar disposta a encontrar um meio de comunicação que for economicamente viável. Se não der para construir uma rádio comunitária, que tal um jornal? Se jornal é caro, que tal um fanzine? Fanzine ainda não dá, por que não um mural (com folhas de sulfite coladas na parede)? É preciso ser criativo.

Por último, acredito que não se pode confundir comunicação comunitária com comunicação livre. Comunicação comunitária precisar ser responsável, isto é, precisa arcar com as conseqüências das informações que difunde e, principalmente, deve ser comprometida com o desenvolvimento social da comunidade. A comunicação livre é totalmente livre.

Para mim, esses são alguns princípios de uma comunicação verdadeiramente comunitária. Ainda não vi nenhuma experiência em ComCom que conjugue todos esses fatores.